quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

(NOTÍCIAS MUSICAIS) Venda de música pela internet representa 29% do negócio fonográfico

Do G1, em São Paulo

Os representantes da indústria fonográfica em todo o mundo classificaram 2010 como um ano "agridoce", no qual os dados negativos sobre downloads ilegais tiveram como contraponto o aumento nas vendas de música pela internet, que já representam 29% do negócio.
Na apresentação em Londres do relatório anual da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês), sua responsável executiva, Frances Moore, se mostrou otimista com relação à evolução do negócio digital, que passou de 2% da receita para 29% em apenas seis anos.

Ao longo de 2010, os catálogos de canções à disposição dos internautas superaram os 13 milhões de títulos, que foram distribuídos por meio de mais de 400 serviços legais para o consumo de música, segundo as estimativas da "IFPI".

Moore ressaltou a aceitação "em massa" que está colhendo nos Estados Unidos a loja virtual da Apple, "iTunes", assim como a progressiva implantação dos serviços "Spotify".

O presidente da área digital da Sony Music, Thomas Hesse, se mostrou otimista com relação ao crescimento do setor.

Na sua opinião, o maior crescimento nas receitas chegará nos próximos anos graças aos conteúdos "em nuvem", ou seja, aqueles que o usuário não faz download para seu computador, mas estão sempre disponíveis na internet pelo prévio pagamento de uma inscrição.

Apesar das boas perspectivas, a indústria fonográfica adverte que 95% dos downloads no mundo todo continuam sendo ilegais e "não significam nenhum tipo de compensação aos titulares dos direitos", assinala a IFPI.

"Se não forem tomadas medidas contra a pirataria, as indústrias europeias de lazer, cultura e entretenimento perderão 1,2 milhão de postos de trabalho até 2015", previu a representante das fonográficas.

A pirataria na internet coloca em risco não só o próprio negócio, mas o da cultura em geral.

O relatório da IFPI analisa a situação do setor audiovisual e editorial e concluiu que "se nada for feito, simplesmente deixarão de existir".

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